A Promoção de uma experiência sensorial começa pela vista sobre o douro!

Quem é Rui Lacerda e qual a sua relação com Vila Nova de Gaia e o mundo da restauração?

Rui Carlos Carvalho Lacerda nascido a 27 de março de 1973 na freguesia de Santa Marinha, uma das 24 freguesias que completam Vila Nova de Gaia, Porto. Sou um filho da terra como se costuma dizer. Não poderia estar mais identificado com o terceiro concelho mais populoso do nosso maravilhoso país. Tive a felicidade de assistir na última década a um desenvolvimento da minha cidade como nunca visto, a começar pelo litoral acabando no centro.

Como se costuma dizer, a restauração é algo que ao princípio estranha-se, mas depois entranha-se. Há quem acrescente ainda que é uma prisão e mais isto e “aquelisto”. Antes de tudo temos de gostar do que fazemos senão corremos o risco de tudo ser uma prisão ser doloroso. A restauração é das mais desafiadoras menos repetitiva e mais altruísta que conheço. Evidente que como em todas as áreas existem bons profissionais e maus profissionais, mas pelo que me toca, e á minha equipa, tentamos todos os dias ser melhores que ontem, em todos os sentidos, tanto na atenção ao cliente como na qualidade dos produtos que apresentamos. Existe algo melhor do que conhecermos milhares de pessoas, culturas e hábitos de outras latitudes sem sairmos da nossa área de conforto!?

Fale-nos um pouco sobre a identidade do Restaurante Sancho Panza e o que o caracteriza.

O Sancho Panza localiza-se na zona mais conhecida e visitada da cidade, não só pela sua beleza, mas também por tudo o que está por lá localizado. As caves do vinho do Porto, o Teleférico panorâmico, as maravilhosas vistas da nossa ponte D. Luís e da cidade do Porto terminando no nosso Rio Douro que banha as duas cidades. O Restaurante Sancho Panza nasceu de uma brincadeira de três amigos que todos os fins de semana jantavam juntos, nunca repetindo um restaurante, até que um certo dia decidiram abrir o seu próprio espaço. Desde logo sempre quisemos um espaço despretensioso, mas bonito confortável e com vistas únicas. Nasceu o Sancho Panza no cais de Gaia, mesmo ao lado do teleférico. É um local onde se pode petiscar e partilhar 48 sabores diferentes, sim, desde logo nunca quisemos “doses”, mas sim pratinhos de partilha.

No entanto, para completarmos a nossa carta, também temos pratos mais tradicionais da nossa cidade, assim como do nosso país, tais como, francesinha em forno de lenha, tanto a normal como a 1952, que é a verdadeira francesinha em Pão Biju com carne assada salsicha fresca e linguiça, sendo coberta com queijo e o nosso maravilhoso molho feito com uma receita dos anos 60.

Temos também bacalhau à Zé do Pipo, Bacalhau com Broa, Polvo no forno, Chuleton, posta Cachena e muitas mais alternativas. A ementa encontra-se em constante evolução. Trimestralmente elaboramos novas listas mantendo os sabores mais pedidos e lançando outros que ou são pedidos pelos clientes ou que achamos que podem acrescentar algo ao restaurante. Aquando da visita ao nosso espaço tentamos proporcionar uma experiência que eleve ao máximo os sentidos dos nossos clientes, começando pelas vistas que são deslumbrantes, e permitam-me a ousadia, das mais bonitas do mundo, aos sabores e cheiros mais típicos da cozinha portuguesa. Julgo que o temos conseguido crescer e distinguir-nos enquanto proposta de valor no sector da restauração na Região do Porto, e, enganem-se se pensam que é devido aos turistas. Cerca de 80% dos nossos clientes diários são portugueses. Gostava de realçar que apesar de estarmos numa zona turística não somos um restaurante para turistas, mas sim para os locais, começando pelos preços e acabando no cuidado do atendimento.

Também somos um restaurante com diversos ambientes, aos fins-de-semana mais festas e aniversários e aos dias da semana mais tranquilos, que convidam a um jantar a dois. Inauguramos recentemente uma sala nova em que é possível fazermos também eventos mais privados. Temos ainda uma sala mais pequena mais acolhedora para casais.

Em que medida o Restaurante Sancho Panza encara o impacto da limpeza e desinfeção como via para a garantia da qualidade das iguarias confecionadas?

No que toca à parte da limpeza e da desinfeção, são procedimentos que em nenhum momento podemos facilitar por isso mesmo escolhemos o melhor parceiro nesta área, a Mistolin Solutions. A implementação dos procedimentos de HACCP assim como os procedimentos de desinfeção diária foram consideravelmente aperfeiçoadas e melhorados devido aos produtos que nos foram propostos pela Mistolin Solutions.

Notámos ainda uma redução nos custos devido aos doseadores propostos para todos os detergentes de limpeza bem como para todos os outros produtos que consumimos regularmente. Realço também a rápida resposta e simpatia dos comerciais a fim de resolverem qualquer problema que surja.

Qual a sua visão para o futuro da Restauração?

Relativamente ao futuro prevejo um ano igual ou melhor do que este embora um pouco receoso com os aumentos que se estão a fazer sentir um pouco por todo o lado. Este aumento sufoca as empresas visto que se formos a repercutir todo o aumento ao cliente final torna-se proibitivo almoçar ou jantar fora.

A fim de potenciar e controlar todas as áreas de negócio dentro do restaurante, criámos vários departamentos e responsabilização dos nossos quadros vistos que se os colaboradores não "vestirem "a camisola não será fácil ultrapassar esta escalada de preços. Com este intuito temos uma equipa de compras gerida pela Fátima Santos, temos também uma equipa de sala, gerida pela Paula Soares, pelo Filipe Regadas, Alessandro, Jorge, Saionara, Eduardo e Jeanne. Temos a cozinha gerida pela Ana e pela Marta, temos um grill gerido pelo Hugo coadjuvado pelo Wellington e Juelson e temos ainda a zona de copa gerida pela Sónia.

Para finalizar gostava de agradecer e valorizar iniciativas como esta da parte da Mistolin Solutions, pois são ações como estas que aos pouquinhos se vai dando a conhecer o que se vai fazendo por este país fora, saindo daquele "Metier" dos "Michelin" que muitas vezes não chegam aos calcanhares dos menos afamados.